
“Em 14 de setembro de 1982, o presidente do Líbano, Bashir Gemayel, eleito apenas três semanas antes, foi alvo de um atentado na sede de seu partido. Atordoados pela morte de seu líder e sedentos de vingança, soldados da milícia falangista (cujo fundador fora Pierre Gemayel, pai de Bashir) atribuíram a responsabilidade pelo assassinato aos palestinos ainda residentes em Beirute, muito embora não houvesse qualquer confirmação desse fato. Dois dias depois, eles invadiram os campos de concentração de Sabra e Shatila, ao sul de Beirute, no Líbano, e pelos três dias seguintes, massacraram centenas de homens, mulheres e crianças. Dependendo da fonte consultada, o número de mortes varia entre 700 a 3000 pessoas.”
Esta é uma pequena aula de história, que devo dizer não era de meu conhecimento quando assisti a esse filme a dois dias atrás.
Valsa com Bashir é um filme cru, real, forte. Muito forte mesmo. Se você pensar no início e no meio do filme, verá um filme de animação série. Aliais, não confere dizer até o meio. Até o fim você pode assistir a uma animação série. Este é um filme de guerra. Sangue espirra quase sempre, mas este também é um filme poético. Há cenas bonitas com textos bem escritos.
O filme é sobre um soldado que perdeu a memória e ele viaja perguntando a outros soldados e pessoas que estavam na guerra sobre o que aconteceu. Então o filme é narrado por essas pessoas que contam suas histórias para que o soldado recupere a sua memória. Devo dizer: Quando ele recupera a memória, isto acontece verdadeiramente só no final, a cena a forte. Muito forte. Este filme tem um final mórbido, mas 100% fiel a realidade, afinal é a realidade literalmente na tela.
Nota 9,0 para o filme.
Bignadaquasar, onde nada é cósmico e nada é Valsa.
Por Akanadin.